sábado, 28 de maio de 2011

“Passe o dinheiro, moça”

Passe o dinheiro, moça!” “Dinheiro, moça!” , assim fui abordada no fim do expediente de ontem, na autoescola onde ministro aulas teóricas.

Era mais ou menos 21:45hs da noite, logo após ter dispensado meus alunos, um rapaz magro, moreno e de boné entra calmamente na recepção da autoescola e se dirige a mim. Não ouvi direito o que ele dizia e me aproximei. E o rapaz, repetiu : “Dinheiro, moça!” “Passe o dinheiro, moça!”. Eu fiquei estática e apenas consegui dizer : “Eu não tenho.” Foi quando ele levantou o moletom e mostrou uma arma, que poderia ser uma calibre 22 ou um 38.

Meu marido estava na recepção e foi logo pedindo calma. O bandido, de arma em punho retrucou : “Dinheiro! Senão eu vou sentar o dedo. Eu mais uma vez disse que não tínhamos dinheiro. E ele insistiu. E pegou uma sacola que eu tinha deixado na mesa com um par de sapatos que eu iria usar. Minha bolsa estava perto, com todos os meus documentos, mas por sorte ele não pegou. Minha reação impensada foi pegar a bolsa e jogar na sala teórica. Assim impedi que ele a levasse.

O rapaz continuou insistindo, o Ander com medo que eu acabasse levando um tiro, deu o que tinha no caixa e também seu celular. Por fim nos colocou na sala teórica. Até que minutos depois, escuto minha aluna gritando, dizendo que ele tinha levado seu celular também. 

Rapidamente liguei para o 190 (Polícia Militar), fui prontamente atendida. Eu mal conseguia falar direito, minha voz estava rouca, parecia até travada, minhas mãos trêmulas. Dentro de poucos minutos uma viatura da Polícia já estava no local. 

Graças a Deus estamos todos bem. Ninguém ficou ferido. Mas, fica uma sensação de impotência. Cheguei em casa ainda assustada. Demorei para pegar no sono. Mas, como disse o amigo @geissonsoares, sempre fica uma lição, um aprendizado. Poderia ter sido pior, muito pior!

Obrigada, meu Deus! 

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